Ontem, na maior das rotinas de jovens de uma terriola perdida no centro do encanto de Portugal, eu e mais 3 amigos fomos andar de bicicleta!
Contudo, algo que parecia uma simples viagem passou disso a uma história para contar a filhos, netos, passou de uma viagem a algo de que me vou orgulhar para o resto da vida, e acima de tudo tornou-se uma forma de me fazer pensar que: Não há impossíveis, quando as coisas têm que acontecer acontecem, quando não têm, simplesmente não acontecem.
Fizemos uma viagem, era para ser curta, mas por acaso ou por destino decidimos ir visitar o João, algo que mudaria as nossas tardes. Por toda a viagem falámos, da vida, gozámos com o mundo, mas por coincidência ( ou destino) tocámos num assunto que viria a tornar-se lógico mais tarde: A morte e acidentes.
Pedalámos, pedalámos, andámos, rimos, cansados mas com o objectivo de voltar a casa.
Contudo a chegar ao famoso arco da Moita, zona perigosa, e que muita gente descreve como : Já aqui morreram muitos --‘, algo estava prestes a acontecer!
Um dos amigos (Ricardo Lopes), decidiu parar fora da estrada ( algo que eu e Alexandre recusámos inicialmente), por espanto vemos um carro a passar por nós, e por choque embate na barreira e capota pelo vale abaixo!
Perplexos a olhar uns para os outros, com ideias trocadas mentalmente ficámos imóveis sem saber o que fazer, mesmo assim, num momento de desbloqueio mútuo, respirámos e fizemos o que qualquer pessoa teria feito. Unidos para o mesmo, enquanto um ligava para o 112, outros tentavam analisar o que se passava.
Tentamos perceber a situação e num momento de alívio uma pessoa se ouve do fundo do vale gritando: Ajudem-me, não consigo sair, e o carro está a deitar fumo! ( estava viva, ufa),
O bloqueio voltou, olhando uns para os outros, não sabíamos que fazer: arriscar as nossas vidas ou esperar?
Por sorte, a pessoa conseguiu sair e aí tudo tão complicado e confuso até pareceu simples. De forma improvisada, agarrados uns aos outros, unimos esforços e tirámos a senhora de lá. Senhora que a única coisa que sabemos é que é enfermeira em Vila de Rei e mora na Covilhã. No meio daquilo nada mais nos importava para além de ajudar a senhora.
Resta dizer que tudo acabou e tudo ficou bem, pelo menos minimamente bem para a senhora, devido à sorte de naquele dia a “ morte estar de folga”.
Visto isto agora um dia simples tornou-se em algo um bocado confuso
Juntemos peças. Se não tivéssemos ido visitar o João nunca teríamos ajudado a senhora, nunca poderíamos dar o melhor que temos de nós. A vida da senhora não teria sido tão fácil sem a nossa presença.
Por consequência, fomos visitar o João, se o Ricardo não tivesse obrigado a parar possivelmente o sítio onde a senhora foi embater seria o sítio onde eu e Alexandre iríamos a pedalar. Morreríamos? Teríamos um acidente? Não sei.
O nosso dia, passado a falar da morte e acidentes tornou-se então lógico. Destino? Coincidência? Não sei, resta nos pensar no dia e reflectir, mas para tanto mal que venha o bem : 3 amigos ajudaram uma senhora, deram o que tinham de melhor e transformaram o seu dia numa aventura, orgulhosos da sua atitude.
Hoje digo: senti me um JAGA, não porque fiz o que qualquer pessoa teria feito mas porque fiz e aprendi com isso, reflecti e fico feliz com tudo, apesar do sucedido.
Alexandre, Ricardo, tive orgulho de nós! <3
JAGAS(J)
foi realmente uma aventura!! e acabei de receber á breves instates uma sms desta mulher de seu nome Telma a agradecer por tudo o que fizemos e a avisar que tudo estava bem e nao passou de um grande susto...senti me mesmo bem!! não sei se foi o destino, mas uma coisa posso dizer foi sem duvida um grande milagre sair toda agente viva deste aparatoso acidente!
ResponderEliminarEia mas que grande momento! Parabéns Pessoal, sem dúvida uma boa história para contar.. Abraço
ResponderEliminarMuitos Parabéns aos 3 foram sem dúvida uns corajosos. É caso para pensar " nada acontece por acaso ". Bjs
ResponderEliminarJá há muito que não estou em contacto com os JAGAS por força das circunstâncias, mas, de qualquer maneira, fiquei feliz por chegar aqui ao blog dos JAGAS e sentir.me orgulhosa de pessoas que conheci graças a esta família.
ResponderEliminarParabéns :D
Já dizia um clérigo senhor inglês - Colton - "A adversidade é um trampolim para a maturidade."
ResponderEliminarObrigado por partilharem esta vossa experiência e ainda bem que o recordarão. Deste modo, este acontecimento, não só a vós mas também a mim, será útil para qualquer outra situação. Afinal temos uma vida pela frente. Orgulho <3