quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Deixar partir

Não sei se é um erro escrever acerca de um tema tão ''delicado'' mas acho que é preciso de tudo um pouco. Seguindo a onda de sinceridade do último Mundo J, bem do fundo, cá vai! Numa das últimas vezes que nos reunimos ouvi dizer ''Oh.. É um pena ele não estar aqui!'' ou ''Era tão bom que ela viesse outra vez''... E eu resignei-me, não comentei, mas o assunto fez-me pensar. Somos um grupo mas é natural criar afeições com determinadas pessoas e dar-lhes um pouquinho de nós. Já que se utiliza a Internet para tanta coisa pensei que não havia mal nenhum em pesquisar acerca disto e abri o primeiro link que apareceu. O texto é sobre casais mas está adaptado a nós porque o assunto é o mesmo! Amor.

 «... Respeitar a liberdade do outro é um acto de amor. Dou o exemplo dos pais que vêem crescer os filhos e que depois os vêem sair de casa para viverem as suas próprias vidas. Saber deixar partir é ter a convicção intrínseca de que tudo é efémero, ou de que nada é eterno; a consciência plena de que todas as histórias tem um princípio e um fim ...  Ninguém pertence a ninguém ... Saber deixar partir requer tanta preparação como saber partir. … é como uma intervenção cirúrgica onde os sinais vitais deverão prevalecer sobre todas as coisas. Deve lutar-se sempre pela sobrevivência ... mas quando se chega à conclusão de que já se tentou com todas as forças e não se conseguiu, há que ter a coragem de deixar partir ou mesmo de partir...»

Lembro-me agora do texto que a Rute escreveu no diário do Mundo J, bem... estava inspirada! Dando continuidade, acho que JAGAS também é isto mesmo, é ter a tolerância necessária para deixar que tudo aconteça naturalmente e para aceitar as escolhas dos outros. Como em tudo na vida há pessoas que vão e veêm e não são menos por isso. Nascer-viver-morrer. O que é preciso é viver a vida. "Quando se gosta da vida, gosta-se do passado, porque ele é o presente tal como sobreviveu na memória humana. " ( Marguerite de Crayencour ) Presente ou passado, como dizia o Catarino ''JAGAS, hoje e sempre''. Somos vozes de uma única harmonia.



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