quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Há dias que ando para escrever sobre isto! E decidi para publicar para manter o blogue com vida e para verem as tristes figuras que eu faço. Ainda nas férias fui dar uma volta a pé com o meu MP3, como de costume. Subi até à Corujeira e desci pelo Braçal. Até agora nada de diferente em relação a todos os outros tantos dias em que fiz o mesmo trajecto. Pelo facto de estarmos no fim do verão e já serem cerca de 20h30m quando saí de casa fez-se de noite depressa. Naquela parte entre a Corujeira e o Braçal, sem casas, não há iluminação… Foi aí que me senti pequenina! Nós temos o poder suficiente para destruir a Natureza, até inconscientemente, mas no meio dela, de noite, um MP3 estúpido que colocou 3 formas de vida em extinção, não serve de grande coisa. Então, feita parvinha, comecei a magicar qual seria o meu triste fim, lembrei-me de vocês. Pedi a Deus que fosse os meus olhos e me protegesse, devia ter feito isso até ao fim porque enfim… Pensei: ‘’Vai aparecer um lobo!’’ E gritei ‘’Sshhhtt! Chooo!’’ Eco… Depois ‘’Será que eles assim me vão seguir? Aqui há lobos? Uma cobra vai estrangular-me! Vou tropeçar bater com a cabeça e ficar aqui sem me conseguir levantar! Ai Jesus!’’ Lá tirei os fones para estar mais alerta a qualquer barulhinho e batia palmas de vez em quando para afugentar qualquer bicharoco que se sentisse atraído por mim (como se ele não viesse na mesma, se tivesse de ser). Até o cair de uma folha me fazia estremecer. Depois acelerei o passo. E desacelerei. Eu ainda não estudei isso mas o João já me explicou como os bichos sentem a adrenalina e tal. Mas o medo irracional fez-me acelerar outra vez porque pensei ‘’Bem, quanto mais depressa chegar à civilização xD mais depressa fico a salvo’’. Quando avistei a casa da Regina (é a primeira, certo?) só pensei ‘’Aleluia!’’ e depois ‘’E se agora estivesse um urso a seguir-me?’’ Em Portugal existem ursos? Não somos mesmo nada pois não? Já me senti assim algumas vezes, durante as nossas actividades e até agora participei em duas ou três, a grande diferença é que vocês todos estavam lá para me ampararem caso me acontecesse alguma coisa e vice-versa. Esta situação estúpida, levou-me a uma profunda reflexão sobre o valor da vida que ainda não encerrei mas a uma conclusão, pelo menos, já cheguei. Daria a minha vida por qualquer um de vós em qualquer circunstância. Tanto àquele que abraço todos os dias como àquele com quem não sinto tanta afinidade. Afinal de contas, SOMOS UM! E nunca deixaremos de o ser.

1 comentário:

  1. Sabes Bia, eu gostei muito do q acabei de ler! E para te dizer a verdade às vezes tb me sinto assim, ponho me a pensar q no momento q ficar sozinha as coisas vão ser diferentes, penso o q vai acontecer dali para a frente. Mas não tenho vergonha nenhuma de assumir q perante esses momentos tenho Deus perto de mim e que me ajuda sempre,pode ser de uma maneira ou de outra, mas AJUDA. E também não tenho medo de assumir q o MEDO me invade e q nem sempre sou forte, mas como se sabe ninguém é forte na totalidade, e tal como TU disses te SOMOS UM, e eu por eles era capaz de enfrentar certos medos q tenho!! Gostei Muito

    ResponderEliminar