Nada mais natural na vida de qualquer ser vivo: a morte! Nada mais natural a vida de qualquer pessoa: a morte!
Saí de casa para o funeral... havia muitos padres. Enquanto me paramentava, na sacristia, alguém me relembrou: «a Irmã Fátima falava, várias vezes, que tinha sido a sua parteira».
Quando me sentei naquela cadeira vermelha e enquanto ouvia as leituras da missa e a meditação do padre Ilídio, pensei, como toda a gente, no significado daquela pessoa para mim. Apertou-se-me as entranhas, ouvi o meu coração bater mais forte que o sino da Igreja. Formou-se-me uma pressão nos ouvidos... estava a viajar ao dia 16 de Abril de 1977 e a imaginar aquilo que minha mãe me contou tanta vez: «berravas como um cabrito perdido e eu já nem te podia ouvir!» A Irmã Fátima ao ver aquele cenário disse «anda cá meu menino, a tua mãe não te dá de comer!...» e levou-me a uma senhora que já tinha dado à luz, onde enchi a barriga...
Estava diante de mim aquela que me ajudou a nascer para esta vida terrena. E eu meio inconsciente tinha-a, por meio dos sacramentos da confissão e da santa unção, ajudado a preparar para entrar na vida celeste.
Senti-me privilegiado! Ajudei aquela que me tinha ajudado! Bonito! Obrigado, meu Deus, por esta oportunidade de fazer bem àquela que me ajudou a viver!
Uma boa experiência para começar 2011!
Pode parecer estranho mas há coisas que não se conseguem explicar.
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