quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O meu nome do meio é JAGA

Há uns minutos atrás dei comigo a reler o texto que escrevi sobre o Mundo J V. Começava assim: “O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incom¬paráveis.” Se esta frase, dita por Fernando Pessoa, não fosse aplicável à vida real, a semana de 27 de Julho a 2 de Agosto te¬ria durado a vida inteira para os participantes da 5º Edição do Mundo J.

Trocando as datas e o número da edição, esta parte inicial serviria perfeitamente para o Mundo J deste ano. Mas o que mais me chamou a atenção enquanto lia este parágrafo foi a música que tocava na rádio e que me fez ir lá mesmo ao fundo de mim. Nessa altura, o Pedro Abrunhosa estava a cantar a música “Momento”, e enquanto eu divagava sobre tudo e sobre nada ele acabou o refrão dizendo: “… o mundo é um momento.”
O texto e a música combinados despertaram em mim uma imensa curiosidade que me fez pensar. Será o mundo um momento? Valerá por um momento?

Tirei as minhas conclusões e resolvi expor ao Pedro o meu ponto de vista. Embora ela nunca vá ler isto é bom que fique registado para a posteridade, eliminando assim qualquer tipo de dúvida.
O mundo de que o Pedro fala não é o meu mundo. Digo isto porque já vivi no mundo dele e sinceramente não me apetece lá voltar. O meu Mundo chama-se Mundo J e os habitantes chamam-se JAGAS. Uma das diferenças mais notórias é o facto do meu mundo parecer que só existe uma semana por ano. Mas é apenas ilusão, porque ele existe sempre e sempre existirá. Quem está de fora não percebe isso mas também não interessa. Outra diferença que existe entre os dois mundos é que o meu tem menos gente, embora a estatística diga que somos cada vez mais. O dele tem cerca de seis mil milhões de pessoas. Para falar a verdade, não trocava nem um JAGA pelos tais seis mil milhões, daí que a ideia que me vem a cabeça é que a qualidade não reside na quantidade. Eles estão em desvantagem, portanto.
Sinceramente, o mundo do Pedro é um bocado seca. As pessoas cultivam sentimentos estranhos como o ódio e a inveja. Acho que lá no fundo eles não sabem viver porque só se preocupam com aquilo que menos interessa, colocando sinais de trânsito proibido nos caminhos que levam à felicidade. Nós, nem quando há túneis escuros a frente colocamos sinais de trânsito proibido. Eles mesmo perto uns dos outros, mal se conhecem. Parece ridículo, tendo em conta que nós, mesmo longe uns dos outros, somos Um.
Sabem como é que eles fazem quando querem ir de uma margem para a outra dum rio? Usam um barco com motor! Eu já tentei explicar a alguns que remar e nadar, todos unidos com a mesma força, torna a chegada ao destino mais completa. Eles não compreendem isso. Quando lhes disse que costumamos andar de bicicleta no carnaval perguntaram-me se não havia autocarros que parassem onde nos queríamos ir. Eu bem que tentei dizer-lhes que sentir o vento a bater-nos na cara enquanto o cheiro da natureza nos envolve é mais enriquecedor. Mas não vale a pena. Eles não querem ver. Por fim ainda lhes perguntei se sabiam o valor dum sorriso seguido dum abraço. Eles disseram que dependia da pessoa. Eu pensei que não depende do JAGA visto que qualquer um de nós tem dentro de si a mesma chama.

Há de facto inúmeras diferenças entre nós e eles. Demasiadas. Mas a maior de todas, aquela que marca a fronteira entre ser e não ser, entre amar e odiar, é que o mundo deles é um momento, e pior que isso, vale apenas por um momento, e é por isso que o Pedro Abrunhosa escreveu isso na música dele. Nós, embora estejamos juntos em ocasiões que parecem momentos de tão rápido que passam, esses momentos valem para a vida e duram toda a vida. Porque, mesmo que um dia os encontros dos JAGAS acabem e cada um siga a sua vida, a nossa identidade será sempre essa.
Continuaremos sempre a viver no nosso Mundo J e continuaremos sempre a ser JAGAS de corpo e alma, muito porque esse nome ecoará sempre como um sinónimo duma das melhores coisas que a vida nos trouxe. E digo com toda a certeza que, só pelos JAGAS, já valeu a pena :)



Depois de tudo isto, como é Pedro? Ainda vais a tempo do encontro de Outubro…

4 comentários:

  1. Com o teu texto chorei, ri, arrepiei me e no final senti me feliz porque sou e serei sempre um JAGA!

    Porque como tu dizes : O meu nome do meio é JAGA!
    Primo, sem Pedro ou com Pedro , em Outubro conta comigo! ^^

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  2. oh joao..sem palavras...ainda vamos por o pedro a escrever um album sobre o nosso mundinho :) eheheheh
    gostei mto mto mto muitao...
    <3
    beijinhuuuuu

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  3. dá ideias ao Pedro ...
    e depois atura-o!!!!

    Muito Bom!!!

    Abraço

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  4. Oh João gostei tantoooooooo :D
    Está fantástico! Mesmo! Jagas para sempre! <3
    E em Outubro lá estaremos todos juntos outra vez! =P

    BeijO^^

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