Obrigada por não me deixarem parar

Cada vez que saio de casa para mais uma actividade dos JAGAS, sinto um crescente entusiasmo, mas tudo isto começa uma semana antes, ou até mais. O mesmo me aconteceu para este 100travões. Comecei a ficar entusiasmadíssima com este encontro. Não só pelo facto de já sentir umas imensas saudades do pessoal, como uma vontade enorme de me afastar das complicações do mundo real. Parece que sempre que vou para os encontros dos JAGAS entro num mundo à parte (tal como diz o nosso amigo). É como se os meus problemas desaparecessem. Ali somos genuínos, não precisamos de pôr nenhuma máscara, somos aceites tal e qual como somos.

Talvez por tudo isto também tenha ido para este 100travões com demasiadas expectativas. Estava à espera de estar na paz, andar de bicicleta, mas acabei por me aperceber (logo na primeira noite) que o percurso ia ser muito mais difícil do que eu pensava, e aprova disso é que normalmente lá estava todo o pessoal à seca à minha espera. Desde já peço desculpa, mas principalmente quero agradecer a todos aqueles que de certo modo me impediram de desistir. Não só pelo facto de me estarem continuamente a dar força para continuar, mas também por me acompanharem sempre que eu parava ou andava a pé. De certo modo essa companhia e força deu-me a capacidade de continuar.

Com este encontro percebi que consigo ultrapassar sempre os meus limites. Sempre que penso que já não consigo mais o espíritos dos JAGAS mostra-me que sou capaz de ainda mais. O meu máximo pode não ser o máximo dos outros, no entanto sinto-me sempre realizada quando saio dos nossos encontros

Eu sei perfeitamente que vim apenas dizer o que já havia sido dito, mas senti-me na obrigação de também deixar uma palavra de agradecimento a toda a organização. Pode não ter sido o encontro que esperava, mas não deixou de me surpreender e de me fazer sentir novamente em família.

Bem, assim me despeço, com beijo enorme para todos os JAGAS, e com uma vontade enorme de estar convosco de novo.